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Terapias baseadas na biologia

 

Essas terapias utilizam substâncias que ocorrem naturalmente, e incluem terapias biológicas individuais (como usar cartilagem de tubarão para tratar câncer, ou glucosamina para tratar a osteoartrite), terapia dietética, fitoterapia, medicina ortomolecular e terapia de quelação. 

Muitas terapias baseadas na biologia não mostraram ser efetivas (por exemplo, cartilagem de tubarão para câncer).

 

Terapia Dietética

 

A terapia dietética utiliza regimes de dietas especializados (como a terapia de Gerson, dieta macrobiótica ou a dieta Pritikin) para tratar ou prevenir uma doença específica (como câncer ou distúrbios cardiovasculares) ou, geralmente, para promover o bem-estar. 

Algumas dietas (como a dieta mediterrânea) são amplamente aceitas e encorajadas na medicina ocidental tradicional. 

A dieta Ornish, uma dieta vegetariana com níveis de gordura muito baixo, pode ajudar a reverter bloqueios arteriais que causam doença arterial coronariana e podem ajudar a prevenir ou diminuir a progressão do câncer de próstata e outros tipos de câncer. 

Algumas pessoas que seguiram uma dieta macrobiótica relataram remissão de câncer, mas ainda são necessárias pesquisas clínicas mais aprofundadas.

Como os benefícios, geralmente, levam meses ou anos para serem notados, a terapia dietética é mais provável de ser efetiva se iniciada precocemente. 

Ao iniciar uma dieta terapêutica que envolve uma maneira dramaticamente diferente de comer, as pessoas devem ser supervisionadas por especialistas, os quais podem evitar deficiências nutricionais.

 

Fitoterapia

 

Fitoterapia, a mais antiga forma conhecida de cuidados de saúde, usa plantas e extratos de plantas para tratar doenças e promover o bem-estar. 

Uma única erva ou uma mistura de ervas diferentes podem ser usadas. As misturas chinesas de fitoterápicos também podem conter minerais e partes de animais. 

Ao contrário das drogas convencionais, nas quais um único principio ativo pode ser extraído e isolado, a erva medicinal geralmente faz uso da planta medicinal em toda a sua forma. 

Os medicamentos fitoterápicos comuns incluem:

- Alho

- Pimenta

- Camomila

- Erva de São João

- Ginkgo biloba

- Valeriana

- Ginseng

As ervas medicinais estão disponíveis como extratos (soluções obtidas por imersão de uma substância, geralmente em água), tinturas (geralmente preparações à base de álcool, com o álcool atuando como conservante natural), infusões (o método mais comum de preparação de ervas internas, geralmente referido como um chá), decocções (similares a uma infusão), pílulas, pós e injetáveis. 

Alguns medicamentos à base de plantas são espalhados em um pano umedecido e aplicados sobre a pele. 

Os possíveis problemas incluem o seguinte:

- Impurezas: há pouca supervisão governamental nos produtos à base de plantas, e os regulamentos para as industrias são muito poucos.

- Interações medicamentosas: alguns medicamentos à base de plantas interagem com drogas (por exemplo, o ginseng causa sangramento quando usado com warfarina) ou alimentos (por exemplo, a erva de São João causa perigoso aumento da pressão arterial quando consumida com queijos, vinhos ou outros alimentos ricos em tiramina).

- Efeitos colaterais: alguns medicamentos à base de plantas têm efeitos colaterais (por exemplo, o ginseng aumenta a pressão arterial, e o alho reduz a coagulação sanguínea e aumenta a glicose no sangue) que pode ser prejudicial para certas pessoas.

As pessoas devem informar seus médicos todos os medicamentos à base de plantas que estão administrando. 

 

Medicina Ortomolecular

 

O medicamento ortomolecular usa combinações de vitaminas, minerais e aminoácidos, normalmente encontrados no corpo para tratar condições específicas e para manter a saúde. 

Entretanto, a nutrição vem primeiro no diagnóstico e no tratamento, por isso, as vezes, referido como medicina nutricional.

A terapia ortomolecular enfatiza o complemento da dieta com combinações de vitaminas, minerais, enzimas, hormônios (melatonina) e aminoácidos com doses elevadas. As dosagens, geralmente, excedem as quantidades normalmente consumidas na dieta.

Uma forma comum de medicina ortomolecular é a terapia com megavitaminose, muitas vezes com doses bem acima das doses diárias recomendadas (DDRs). 

Os médicos de medicina ortomolecular afirmam que as DDRs são inadequadas para manter a saúde ou para tratar doenças. 

Embora, a maioria dos tratamentos não tenha evidências científicas, a medicina convencional usa alguns micronutrientes altamente concentrados. 

Por exemplo, altas doses de substâncias antioxidantes são um tratamento convencionalmente usado para retardar a progressão da degeneração macular, mas estudos recentes mostraram que não são eficazes na prevenção de câncer.

Às vezes, o medicamento ortomolecular envolve a redução da quantidade de substância natural no organismo. 

Em certos distúrbios específicos (como deficiências vitamínicas e distúrbios metabólicos), os tratamentos que podem ser considerados ortomoleculares são cientificamente comprovados. 

No entanto, para muitos usos, os métodos ortomoleculares não têm benefício comprovado e, em alguns casos, são potencialmente tóxicos.

 

Terapia de quelação

 

Nesta terapia, um medicamento é usado para se ligar e remover quantidades excessivas ou tóxicas de um metal ou mineral (como chumbo, cobre, ferro ou cálcio) da corrente sanguínea. 

Na medicina ocidental convencional, a terapia de quelação é uma maneira amplamente aceita de tratar intoxicação por chumbo e outros envenenamentos de metais pesados. 

A quelação de cobre tem sido investigada como um tratamento contra o câncer. 

A terapia de quelação com ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) é utilizada como terapia de medicina complementar e alternativa para remover cálcio e assim tratar a aterosclerose. 

A eficácia e a segurança desta terapia estão, atualmente, sendo avaliadas cientificamente. 

Os efeitos colaterais podem ser graves ou raramente fatais.

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